
Este fato, também conhecido como “melhora da morte”, acontece quando um paciente, na maioria das vezes, já desenganado pela medicina humana, obtém uma melhora repentina, trazendo alívio e esperanças aos familiares.
O doente chega a abrir os olhos e mesmo conversar com os familiares, permitindo que esses retornem aos seus lares para descansar, deixando o paciente sozinho. Momentos depois, o enfermo torna a piorar e desencarna.
A Doutrina Espírita nos informa ser tal melhora providenciada pela espiritualidade para auxiliar no processo de desligamento do paciente.
A família, por conta do amor, das orações solicitando recuperação, das horas de vigília e mesmo de um desejo egoísta de reter o familiar amado no mundo físico, acaba criando teias magnéticas que retêm o Espírito do enfermo ao corpo adoecido, dificultando a desencarnação.
As vibrações emitidas não conseguem evitar a morte, mas a retardam e submetem o doente a uma carga maior de sofrimentos.
Em caso de enfermidades, é comum iniciar-se o desligamento do perispírito antes do completo desencarne, sendo o processo dificultado pelo apego dos familiares.
Objetivando libertar o moribundo das teias vibratórias, os técnicos da Espiritualidade promovem, por meio de recursos magnéticos espirituais, recuperação momentânea do paciente.
Com tal melhora, a família afasta-se, fica mais calma, esperançosa e alegre, mudando o padrão vibratório e aliviando as teias magnéticas que prendiam o doente ao corpo físico.
A equipe espiritual, então, aproveita o retorno dos parentes aos seus lares, para o merecido descanso, e completa a desencarnação.
O comportamento da família, conquanto reflita amor e afetividade, demonstra também apego e egoísmo, principalmente quando não aceita a perda do familiar e se mostra revoltada e em desespero.
Esta postura é mais comum em casos onde os parentes não tem conhecimento da vida após morte e da imortalidade da alma, encarando a morte como uma separação completa e perene de seus entes queridos.
Em Os Mensageiros, o Espírito André Luiz traz um caso de um senhor em coma, de uns sessenta anos, vítima de leucemia.
Os familiares, em muita aflição, pressentiam a morte e, por ser o enfermo muito querido, amigos e parentes envolviam-no, mesmo inconscientemente, numa “rede de fios cinzentos” que se ligava ao enfermo quase morto, prendendo-o e ampliando o seu sofrimento.
Os Espíritos responsáveis pela desencarnação encontravam dificuldades para promover o desligamento do corpo, requisitando assistência de Aniceto, a quem André Luiz acompanhava, para neutralizar a teia magnética de retenção criada.
O médico, posteriormente à intervenção magnética de Aniceto, informa aos familiares da melhora inexplicável, trazendo a todos bastante alívio.
A recuperação provisória do paciente permitiu o descanso da esposa e dos familiares, ficando o doente sozinho, momento então aproveitado pela espiritualidade para desprender, finalmente, o corpo espiritual do moribundo dos despojos físicos.
Infelizmente ainda são poucos a refletir na necessidade de ajudar o desencarnante na hora da transição do mundo físico para o espiritual, razão pela qual os Espíritos precisam utilizar deste recurso, afastando aqueles que não ajudam, mas dificultam o processo.
O ideal seria que todos compreendessem a desencarnação e a vida espiritual, aceitando a separação física momentânea e auxiliando o familiar enfermo a desencarnar, envolvendo-o em vibrações de amor, de carinho, de preces positivas e de confiança em Deus, para que sua chegada à erraticidade fosse a melhor possível.
Sem dúvidas, o conhecimento trazido pelo Espiritismo liberta a criatura de muitos males e sofrimentos.
Num velório costuma haver uma nuvem cinzenta de tanta tristeza que paira no local.
Às vezes o espírito está ausente, já desligado da matéria.
Outras vezes o espírito está confuso no local e por vezes está a dormir junto ao corpo.
O que dificulta nestes lugares é a tristeza e a choradeira das pessoas.
Seria tão maravilhoso se todos compreendessem a desencarnação como ela verdadeiramente é, e aceitassem a ausência física, ajudando o desencarnado com pensamentos de amor e carinho, rezando por ele com fé, ajudando-o no seu desligamento e em seu retorno a pátria natal, no plano espiritual.
O melhor desencarne é de uma pessoa que foi Espiritualizada em Vida, pois desencarna de uma maneira completamente tranquila, como que dormindo e acordando num belo local, entre amigos.
É um regressar tranquilo para o verdadeiro Lar.
Fonte:
Os mensageiros.
Francisco Cândido Xavier.
Pelo Espírito André Luiz.
Mensageiro da Luz.